Os refrigerantes estão na mira de todas as políticas públicas de saúde nutricional do mundo, visto que eles promovem um altíssimo consumo de açúcar, relacionando à epidemia de obesidade e outras doenças crônicas.
Classificado como um alimento ultraprocessado, ou seja, uma formulação industrial composta por substâncias como açúcar, corantes, aromatizantes, realçadores de sabor e outros aditivos, os refrigerantes não oferecem vantagens nutricionais. Apesar da alta proporção de água, o açúcar e os aditivos que o compõem não permitem que ele seja considerado fonte de hidratação.
Dada a sua formulação, apresentação e acessibilidade, a bebida tende a ser consumida em excesso, o que pode facilitar alterações indesejadas e efeitos adversos, como morte prematura, obesidade, doenças arteriais coronarianas,
diabetes, câncer, esteatose hepática (gordura no figado), cáries e outros.
Quem consome mais de uma lata ou copo de refrigerante ao dia eleva o risco de morte precoce por todos os tipos de doenças em 11%. Bastam duas ou mais porções diárias para aumentar, em 31%, as chances de vir a ter uma doença cardiovascular (infarto ou AVC), quando comparado ao não consumo ou menos de uma dose por mês.
Embora o consumo de refrigerantes venha caindo desde 2007 no Brasil, os índices de obesidade não acompanharam esse declínio, visto que esse tipo de bebida turbina o total de calorias diárias porque não sacia e nem é compensada por outras fontes calóricas. Além disso, pessoas que consomem uma ou mais porções por dia têm forte risco genético para o aumento do IMC e obesidade.
Junto à obesidade, o comprometimento da saúde cardiovascular é um dos principais e mais consistentes efeitos confirmados pela ciência. Para cada porção diária, o risco de ter doença arterial coronariana aumenta em 15%, além de facilitar o diabetes, já que essa bebida tem rápida absorção e é veloz no aumentos dos níveis de glicose no sangue.
E a versão Diet?
Em geral, possuem adoçante artificial, que não deve ser usado de forma indiscriminada, de acordo com a OMS. Esse substitutivo do açúcar é indicado para quem tem algum tipo de restrição na dieta ou doença, e não para quem deseja
manter-se saudável.
Embora possa trazer benefício de curto prazo em quadros específicos, os seus efeitos a longo prazo ainda não foram totalmente esclarecidos. Além disso, o alto consumo desses componentes já foi associado a ganho de peso e diabetes, pois eles parecem estimular o acúmulo de gordura no corpo e confundem os receptores de insulina.
Para reduzir o consumo, é importante aumentar a ingestão de água e, para variar um pouco, tomar água gaseificada é uma boa opção, podendo ser saborizada com frutas ou ervas. Uma outra opção é investir em café e chás para garantir a energia da cafeína.
Fonte: Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde.